Impunidade

Diversas vezes eu fico estarrecido com coisas que me aparecem no trânsito. Não vou falar aqui das infrações corriqueiras como falar ao celular, não usar cinto de segurança, ou não dar seta ao fazer conversões. Tampouco vou falar de ultrapassar limites de velocidades, que particularmente acho que está mais para indústria de multas, do que para educação do trânsito.

Eu estava dirigindo pelo penoso congestionamento das 19h na marginal Tietê na cidade de São Paulo, pra ajudar com chuva, quando estou pegando um acesso para a ponte da Vila Guilherme e sou fechado por um pedaço de ferro oxidado andando. Passando por trás do veículo, eu me espanto ao ver o seguinte:


O cara ainda usa a placa amarela, aquela com 2 letras, que começou a ser substituída em 1990, e deveria ter sido extinta em 1997. O que significa que o proprietário deste carro está andando há mais de 10 anos sem recolher impostos, sem fazer vistoria, cometendo infrações, e arriscando a vida dos outros (sim, porque mesmo com ela parada, caso alguém encoste nela, irá morrer de tétano). Enquanto, eu, pago caro pra manter minhas obrigações fiscais quitadas, sou coagido a fazer seguro, já que não posso ter apoio do estado em questão de segurança, e ainda aposto que tenho mais chances de ser autuado por algum motivo banal e ele nem multado por trafegar em dia de rodízio pode ser, já que sua placa não é mais válida.

Cômico é que se o indivíduo quiser regularizar o carro, ele somente tem que passar por vistoria e pagar uma multa de 80 UFIR (equivalente à R$ 85,13), e pagar as taxas do documento novo.

- Vinícius Esgalha, brasileiro, paulista, indignado.

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