Ponto de Vista: Nova Palio Weekend

"Agora sim". Aposto que é o que todo mundo deve pensar ao ver a nova Fiat Palio Weekend, e a sua irmã mais bem vestida, a Palio Weekend Adventure. Ou não.. afinal sempre tem um do contra. Mas é fato que elas estão em sua melhor roupagem.

O farol dianteiro tem o auxílio das lentes iguais às do Novo Siena, e diferente do lançado no Novo Palio: funcionam melhor, são biparábola, e não são feias iguais ao hatch.


A Fiat está abusando dos cromados, ao melhor estilo Audi: Grade em 'H' na frente, com cromado em cima e em baixo. Mas diferentemente do Siena, os cromados só afetam a versão de entrada, a ELX, somente disponível com motor 1.4 de 86 cv. Na versão Adventure, disponível somente com motor 1.8 da antiga Powertrain, os cromados não aparecem, e dão lugar à bela grade dianteira, bem desenhada e harmônica.



















A Fiat estréia uma nova versão com a linha 2009: é a Palio Trekking - uma versão intermediária, disponivel somente com o motor 1.4, que tem alguns aspectos de fora de estrada leve, mas bem menos que na Adventure.



















Parenteses: O nome Trekking já foi usado anteriormente, e foi inaugurado na Fiorino, para atrair um pouco o público jovem pra uma picape que só tinha uma vocação: trabalho.

O grande trunfo desta vez ficou por conta da traseira, onde as antigas lanternas em formato de panetone deram lugar à um conjunto óptico horizontal, inspirado nos primos ricos da Alfa Romeo.

A Fiat está lançando junto com a versão Adventure, um opcional exclusivo: o Diferencial Autoblocante, que ela preferiu chamar de Locker®.

No site de lançamento da perua, é possivel ver a seguinte frase: "Mas a grande surpresa está em uma inovação tecnológica da Fiat: Adventure Locker®. Um exclusivo sistema de bloqueio de diferencial que dá ao veículo condições de superar situações fora-de-estrada como pisos escorregadios, irregulares ou atoleiros. Perfeito pra quem adora ver o carro coberto de lama". Alto lá - não pense que você está comprando um autêntico 4x4 como a versão 4WD da Ford EcoSport, na Fiat o diferencial autoblocante tem mais utilidade publicitária do que num atoleiro, afinal ele só atua nas rodas dianteiras, não chega a ter uma eficiência digna de honras, e promete sair de uma situação em que poucos compradores desta perua vão vivenciar.

Por dentro, nenhuma mudança significativa: o painel segue o mesmo desenho da terceira geração, com apliques cinzas. Os mostradores seguem o desenho duvidoso do que foi lançado no Palio Hatch, com o indicador de combustível digital. A exceção fica com a versão Adventure, que mantém os bem resolvidos mostradores antigos, e para melhorar o visual fora de estrada, a Palio adventure pegou emprestado da Idea Adventure a bússola e os inclinômetros que ficam em cima do rádio.

Mecanicamente, a única que sofreu alterações foi a suspensão da versão Adventure, que foi reprojetada e dimensinada para ficar 2 cm mais alta, porém mais firme que sua antecessora. Os motores são velhos conhecidos, e já estão desatualizados, carentes de uma melhoria tecnológica - em tempo, a Fiat deve lançar o motor 1.9, juntamente com o sucessor da linha Marea, o Linea.

No conjunto, essa é a melhor Palio Weekend feita pela Fiat. Todos sabemos que a Palio Adventure sempre foi a vedete da Fiat, que estreou o segmento de Fora-de-estrada leve - agora ela tem mais motivos para comemorar.

- Vinícius Esgalha, que tem saudades da versão Stile da familia Palio.

Logo & Feed

Estava dando uma olhada no blog (é que eu costumo ler o próprio AutoDreams por RSS, pra saber se a ferramenta está funcionando corretamente... Descobri que tem um delay de até uma hora pro post aparecer por lá, mas de resto, os feeds estão caminhando bem), e então reparei que o blog tá com uma cara meio murcha.

Não por falta de conteúdo, mas o visual desse layout padrão do Blogger é meio apagado. A intenção era que fosse discreto, mas não monótono. Então famos fazer o seguinte: quem tiver dotes artisticos, sabe mexer bem com Corel, PhotoShop, e até com o Paint, e quiser ajudar a criar um logo legal, com a cara do site, deixa um comentário, manda um e-mail, se não souber o e-mail, pode pedir nos comentários.

Eu entro em contato, e podemos combinar alguns detalhes. =]

É isso!

- Vinícius Esgalha.

Ponto de Vista: Transito de São Paulo

É difícil começar um assunto desses, sem ser repetitivo: a cidade que não podia parar, parou. São Paulo não suporta mais o trânsito de hoje. Recordes de transito são registrados dia após dia.

Compartilhem comigo a frustração que é dirigir em São Paulo:


Qual a causa deste trânsito? Inúmeras: manutenção dos carros, precariedade das vias, auto-escolas que não ensinam a dirigir, motoristas com CNH comprada, imprudência, acidentes, transporte público sucateado, e outras sem-número de causas, que se resumem a um só problema: quantidade de carros.

Medidas Paliativas
Há muitos carros circulando, isto é fato. Há meios de diminuir? Poucos. É possível promover renovação de frota, incentivando a venda de carros zero Km, mandando para ferros-velho carros antigos e tirar de circulação carros sem condições de andar. Com isso iríamos reduzir acidentes, diminuir os índices de poluição, e melhorar a qualidade do transito - Mas a experiência prova que isso somente fez aumentar desenfreadamente a quantidade de carros existente.

É possível também investir em manutenção das rodovias, ruas, estradas e avenidas, aumentando sinalização, organizando o tráfego, mantendo asfaltos e calçadas em perfeitas condições. Com isso teríamos uma melhor fluidez do trânsito - Mas a realidade é que o custo/benefício desta ação é muito alto.

Também dá pra investir em um sistema de Auto-Escola que realmente ensine motoristas a dirigir, e não simplesmente a passar na prova prática, que consiste em dar uma volta no quarteirão. Assim teríamos motoristas realmente habilitados para dirigir decentemente - Mas na prática, a máfia que existe por trás das auto-escolas não deixa isto acontecer.

Tudo o que foi citado acima são medidas paliativas, que na prática, não chegam a surtir efeito significativo. Se voltarmos 10 anos atrás, São Paulo estava próximo do caos que está hoje, e foi então implementado uma outra medida paliativa: o rodízio de veículos. Em outras palavras, tapar o sol com peneira, e adiar o problema que poderia ter sido resolvido (ou minimizado) naquela época.

Luz no Fim do Túnel
O que deve ser feito, sem promessas eleitoreiras, é definitivamente investir no transporte público de larga escala – ferrovias, e corredores de ônibus. Só que é fácil pra um político falar que vai fazer novas linhas de metrô, modernizar os trens, fazer rodoanel, sendo que não há verba para isso. Uma alternativa, muito criticada por quem não entende a fundo como funciona, é a concessão. O que deveria ser feito é abrir concessões para linhas de metrô, com metas para ampliar a malha ferroviária em pelo menos 200% em cima dos pouco menos de 100 Km de linhas de metrô existentes.

Ainda outra alternativa para a obtenção de verba destinada para este tipo de investimento, é formar concessão sobre vias principais, como as marginais, implementar pedágios, com a intenção de financiar as obras de metrô, trem, rodoanel, corredores de ônibus, etc.

Sei que ninguém gosta de pagar pedágio, e esse é um dos grandes motivos pelo qual ele funciona: ninguém gosta de colocar a mão no bolso, e com isso, temos menos carros circulando. A propósito, segue uma ótima analogia de pedágio.

O pedágio é uma forma de incentivar o uso de transporte coletivo; é um ótimo método para diminuir a imagem de status que o carro proporciona, e que faz levantar suas vendas; é o melhor jeito de cobrar dos que mais têm dinheiro, que não abrem mão do conforto do carro; de cobrar de quem realmente precisa andar de carro, e justamente por estar presente, é quem colabora com o transito; e de inibir a utilização do veículo por quem tem alternativas e que pode colaborar com a diminuição do transito usando o ônibus, caminhos alternativos, bicicleta, jegue, carona, a pé, etc. Há projetos tramitando para que haja desconto no IPVA para quem paga pedágio. Nada mais justo, afinal o IPVA não é usado devidamente, e o pedágio, por estar sob comando da concessão, irá obrigatoriamente retornar em investimentos em transporte.

É isso.

- Vinícius Esgalha, que também não gosta de pagar pedágio, mas considera dos males, o menor.

Quatro Rodas Experience


Tá rolando de novo o Quatro Rodas Experience! Aquele evento da revista Quatro Rodas que acontece no Autódromo de Interlagos, onde você tem o direito de dirigir alguns carros que normalmente são só sonhos.

Mediante o pagamento, você adquire seu ingresso, com direito a um test-drive em um carro à sua escolha. Tem desde Renault Sandero e Chevrolet Meriva EasyTronic, até VW Touareg e Citroën C6. Sem contar os carros especiais, como um Hummer, um Ford Mustang, um Nissan 350Z, Corvete Z06, Ferrari e Lamborghini. Estes últimos, você tem que ir no banco do passageiro: quem dirige é um piloto profissional com liberdade para ultrapassar os limites de velocidades estipulados para a pista.

Há ainda uma pista de Off-Road e este ano há também a opção de test-drive em motos. O evento tem diversos outros itens que dá pra conferir no site. Dependendo da sua disponibilidade e da sua paixão por carros, vale a pena!

- Vinícius Esgalha, esperando pa(i)trocínio para participar do evento.

Mercado: Aberrações Automotivas

Alguém já parou pra se perguntar porquê temos alguns Frankensteins sobre rodas andando nas nossas ruas? O pior é saber que eu não estou falando de carros velhos. Estou falando de carros zero kilometro.

Vamos começar com um lançamento que está por vir, e está prometido pra este ano: o Peugeot 207. Com certeza muita gente já viu fotos do 207 que estão lançando na Europa. Você viu? Pois bem, esqueça. A Peugeot lançará o 207 no Brasil em cima do modelo atual 206, com algumas mudanças estéticas que o deixará muito semelhante ao modelo 207 europeu. Em outras palavras, novo Peugeot 206 e meio: um frankenstein para o povo brasileiro.

Um outro exemplo de amargar é o VW Golf. Vamos imaginar a seguinte situação: a Volks mantinha em nosso mercado o Bora e o Golf em suas quartas gerações. Foi o primeiro Golf produzido no Brasil (seu antecessor, o primeiro modelo de Golf no Brasil, era importado), e foi a primeira vez do Bora (também conhecido por Jetta em outros países) no Brasil. Até aqui, tudo perfeito.. Mas não parou por aí... A VW lançou a quinta geração do Golf na Europa (aliás, a sexta já está no forno), e aqui pros tupiniquins ela decidiu que a quarta geração tava bom demais - deu um tapa no visual, e saiu esse Golf IV e 1/2. Sinceramente aquela frente de bagre não dá pra engolir. Só para comparar, você prefere o Golf deles, ou o nosso Golf? Para se ter uma idéia, o Jetta (ou Bora) é o mais próximo do que se entende por Golf Sedan - em outras palavras: o nosso Golf devia ter a mesma cara, tamanho, peças, qualidade, e afins que o Jetta que todo mundo conhece.

Aliás, nem vou aprofundar na família Golf no Brasil, que é mexer em vespeiro. Tome exemplo que temos o VW Jetta e o VW Bora vendendo descaradamente juntos como se fossem carros diferentes. Que o nosso mercado é defasado em relação à Europa não é novidade, mas o que está acontecendo agora não é simplesmente o atraso em relação à eles, e sim que as montadoras estão quase subjulgando o consumidor daqui.


Nenhuma montadora fica livre desta façanha não. Até a mais inocente Chevrolet recentemente teve a cara de pau de lançar o novo Vectra por aqui. O engraçado é que lá fora ele é conhecido como Astra, e o Vectra por lá é um senhor de um carro, de categoria superior ao Astra. Realmente o Vectra É de uma linha superior ao Astra, e sempre foi assim. Não me admira se a GM lançar o Corsa de lá como Astra aqui...

Antes que alguém pergunte, a Chevrolet é um nome fraco na Europa. Lá eles conhecem como Opel, uma outra subsidiária da GM. E nesta comparação que estou fazendo, é difícil comparar com o mercado Norte Americano, pois num mercado em que se vende Hummer e ainda vende Impala, um Chevrolet Omega 3.8 V6 com seus 6 metros de comprimento é considerado um carro médio. Vectra, Astra, Corsa e outros semelhantes não chegam a serem difundidos no mercado deles.


Pra finalizar o circo de horrores, tem uma outra figurinha que tá batendo ponto em tudo quanto é lugar: o Renault Logan. Ele não foi montado em cima de nenhum outro carro, e faz parte de um outro tipo de aberração - as múmias. Fala a verdade: quando você vê um Logan, não dá saudades da Lada? É um carro que existe há um bom tempo sem sequer ter remodelações em projeto, é vendido pela Dacia na Romênia, um país do leste europeu menos favorecido. E eis que foi implantado no Brasil como novidade, e em uma categoria, digamos, 'nobre' entre os compactos. Este Logan é um compacto por natureza, não de tamanho, mas de preço, só que entre os consumidores brasileiros, ele ganhou charme e recebeu preço um pouco mais alto do que o praticado no mercado de origem.

Há muitos outros exemplos, que nem precisam ser citados. O que eu peço aqui, é que os fabricantes tenham menos cara de pau de lançar um modelo velho maquiado, e comecem a investir mais num mercado grande, e em amplo crescimento que é o nosso.

- Vinícius Esgalha, que queria ter no Brasil o poder de opção que tem um europeu.